Níveis de Organização dos seres vivos
Em biologia, os níveis de organização dos seres vivos são ordenados em escalas do menor para o maior componente. É uma forma de hierarquia para facilitar como a vida se organiza e interage. A cada nível que se passa o complexidade aumenta.
Considera-se assim os níveis de organização nesse sentido do menor para o maior:
- átomos
- moléculas
- organelas (componentes celulares)
- células
- tecidos
- órgãos
- sistemas
- indivíduos
- população
- comunidade
- ecossistema
- biosfera
A figura abaixa ilustra como se dá a organização dos seres vivos. Observe:
Várias áreas de biologia estudam a organização dos seres vivos;
- Anatomia – estuda os órgãos e suas partes
- Bioquímica – estuda a relação das células com os elementos químicos
- Citologia – é estudo da Célula
- Ecologia: estuda como os seres vivos interagem entre si e o meio ambiente
- Fisiologia – estudo de como funcionam os sistemas fisiológicos
- Histologia – é o estudo dos tecidos
- Microbiologia – é o estudo dos seres microscópicos
Biologia tecidual e gametogênese
No primeiro bilhão de anos de existência do planeta Terra, os seres primitivos eram unicelulares e isolados. Com o tempo, surgiram os organismos pluricelulares, nos quais conjuntos de células semelhantes formam tecidos. Os tecidos desempenham funções específicas, conseguindo resultados que células isoladas jamais conseguiriam.
No entanto, por maior que seja o número de células e tecidos constituintes do corpo dos organismos pluricelulares, a reprodução sexual acontece com a fusão de células individuais denominadas gametas. Essa característica nos remete à origem remota dos primeiros seres vivos.
Níveis de organização nos animais
Os animais são formados por conjuntos de células interconectadas, que transmitem sinais, trocam substâncias entre si e exercem funções definidas, formando tecidos. Os tecidos também são diferenciados entre si e interconectam-se formando órgãos, como o estômago, os pulmões e o coração.

Os órgãos, por sua vez, estão integrados e realizam funções como a digestão dos alimentos, a respiração pulmonar e a circulação do sangue, compondo os sistemas de órgãos. Um organismo possui vários sistemas de órgãos que funcionam de maneira integrada.
As células se reúnem em tecidos, que constituem órgãos, como o intestino delgado, representado no corpo humano em corte (à direita). À esquerda, no alto, desenho representando trecho desse órgão, e, embaixo, fotomicrografia ao microscópio eletrônico de varredura (ampliação de cerca de 100 vezes), colorizada por computador, das vilosidades de sua parede, que aumentam a área de absorção de nutrientes.
A cada nível de organização aparecem propriedades novas, as chamadas propriedades emergentes. Ou seja, para entender um organismo, é preciso ir além do funcionamento das células.
As propriedades dos organismos são, portanto diferentes da soma de propriedades de seus sistemas de órgãos, da mesma maneira que as propriedades dos sistemas de órgãos excedem a soma das propriedades de seus órgãos, e assim sucessivamente.
Dada a complexidade do organismo e a integração entre as partes que o compõem, seu estudo costuma ser feito em diferentes níveis, sendo possível reduzir o organismo aos seus elementos fundamentais, como as células.
Há três teorias atualmente para explicar a origem dos organismos pluricelulares. A hipótese dos flagelados coloniais (a mais antiga e ainda a mais aceita) diz que os organismos pluricelulares se originaram de uma colônia esférica oca de células ciliadas, na qual células individuais se especializaram em funções diferentes na colônia.
Outra hipótese parte da ideia de ciliados sinciciais, uma massa multinucleada na qual os limites das células se formaram posteriormente, mas ela é pouco aceita.
Há uma terceira teoria, mais recente, que considera a origem polifilética da pluricelularidade, ou seja, que diferentes grupos de metazoários foram derivados independentemente de mais de um grupo de organismos unicelulares
Histologia: o estudo dos tecidos celulares
Os histologistas, cientistas que estudam os tecidos, dividem os tecidos de um organismo animal em quatro grandes categorias: epiteliais, conjuntivos, musculares e nervosos.
Investigações em nível celular possibilitam entender a maneira integrada como as células trabalham, permitindo uma visão mais ampla do corpo humano e da Biologia.
Cada uma dessas quatro grandes categorias é composta de vários tipos de tecido. Por exemplo, o tecido muscular do coração é diferente do tecido muscular presente em vísceras, como estômago ou intestinos. Estudaremos as características gerais desses tecidos e apenas alguns deles mais detalhadamente.
Na ciência moderna histologia está focado nos seres humanos. Isso não significa, no entanto, que esses mesmos tecidos não sejam encontrados em outros animais, em especial em mamíferos e, de maneira geral, nos demais vertebrados.
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